quinta-feira, 18 de outubro de 2012

domingo, 14 de outubro de 2012

Castelo de Engady

Autor: Chico Motta

Te saúdo, Castelo de Engady
Pela tua estrutura e construção
Te comparo à caverna de Odolão
Moradia secreta de Davi.

Teu silêncio aparenta a solidão
Que pisou o guerreiro Abisai
A virtude de Deus está em ti
Como esteve na tenda de Abraão.

Para dar um exemplo à nossa gente
Na rudeza do campo espinescente
Te ergueste na face da espelite.

Vim aqui com fim de admirar-te
Informar teu estilo em qualquer parte
E traçar-te elogios sem limites.
O Castelo de Engady é uma edificação localizada nos arredores da cidade de Caicó. Construída pelo Monsenhor Antenor Salvino de Araújo, para ser um local de recolhimento, estudos, meditação e oração. Devido a sua arquitetura rústica em constraste com a aridez do local onde foi edificada, mostra-se como um local misterioso e místico, despertando o interesse de pessoas de vários lugares

Etimologia

O batismo do castelo faz referência à história bíblica do rei Davi. Pois segundo a Bíblia, Davi era perseguido pelo rei Saul, e era na fonte de Engady, na Palestina, que ele encontrava sossego e proteção.
Engady significa lugar isento de maldade.

Construção

Sua construção demorou 11 meses ininterruptos, no período de 04 de junho de 1973 a maio de 1974.
Vários detalhes de sua arquitetura faz referências à Bíblia, como o fato de possuir sete torres, em honra ao número sagrado da Bíblia; e a presença de uma grande estrela de Davi, em ferro, cravada acima da porta principal, em homenagem a história do rei Davi.

Estrutura

Construído em arquitetura próxima ao estilo mouro-medieval, em uma área de 51 mil metros quadrados; o castelo foi construído sobre um lajeiro, ou rochedo, tendo sua estrutura composta de pátios, terraços, peitoris, balcões, guaritas, torres, pontes, escadas, batentes, poços, tanques, fortificações, ameias, salas, dormitórios, capela, dependências de serviços domésticos, vigias, muralhas e portões.
Sua decoração é composta por quadros de representação clássica com emblemas, estandartes, espadas, lanças, carrancas, correntões, peças bíblicas e religiosas, objetos de boiadeiros e vestígios da vida bucólica.
O mobiliário foi adquirido nas fazendas, propriedades e sítios da região. As peças chegaram ali por meio de compra, troca ou oferta. Seu acervo é composto de velhas arcas, velhos armários, baús, bancos, oratórios, pilões, rústicas camas, cadeiras, tripeças e largadas peças de engenho, de casas de farinha e de vapores de algodão.
O castelo já sediou o Mosteiro das Clarissas e o Corpo de Bombeiros de Caicó temporariamente. Atualmente o mesmo foi vendido ao governo do estado, onde é gerenciado pela Fundação José Augusto, que pretende transformá-lo em casa de cultura ou uma espécie de museu.[3]

Adquirido durante a gestão da ex-governadora Wilma de Faria, o Castelo de Engady, localizado em Caicó, está "em ruínas". A definição é do próprio responsável por erguê-lo, o monsenhor Antenor de Araújo, que por 35 anos foi o proprietário do curioso imóvel. Segundo relatos, o Castelo está deteriorado, com problemas estruturais, portas quebradas e o interior destruído. Desde o final de 2006, quando o Governo do Estado adquiriu o castelo por R$ 225 mil, não houve uma destinação definida para o bem público. Atualmente, o Governo do Estado pretende ceder o imóvel para a Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Fonte: Tribuna do Norte.