Autor: Chico Motta
Te saúdo, Castelo de Engady
Pela tua estrutura e construção
Te comparo à caverna de Odolão
Moradia secreta de Davi.
Teu silêncio aparenta a solidão
Que pisou o guerreiro Abisai
A virtude de Deus está em ti
Como esteve na tenda de Abraão.
Para dar um exemplo à nossa gente
Na rudeza do campo espinescente
Te ergueste na face da espelite.
Vim aqui com fim de admirar-te
Informar teu estilo em qualquer parte
E traçar-te elogios sem limites.
O
Castelo de Engady é uma edificação localizada nos arredores da cidade de
Caicó.
Construída pelo Monsenhor Antenor Salvino de Araújo, para ser um local
de recolhimento, estudos, meditação e oração. Devido a sua
arquitetura
rústica em constraste com a aridez do local onde foi edificada,
mostra-se como um local misterioso e místico, despertando o interesse de
pessoas de vários lugares
Etimologia
O batismo do castelo faz referência à história bíblica do rei Davi. Pois segundo a
Bíblia, Davi era perseguido pelo rei Saul, e era na fonte de Engady, na
Palestina, que ele encontrava sossego e proteção.
Engady significa lugar isento de maldade.
Construção
Sua construção demorou 11 meses ininterruptos, no período de 04 de junho de
1973 a maio de
1974.
Vários detalhes de sua
arquitetura faz referências à
Bíblia, como o fato de possuir sete
torres, em honra ao número sagrado da Bíblia; e a presença de uma grande
estrela de Davi, em
ferro, cravada acima da porta principal, em homenagem a história do rei Davi.
Estrutura
Construído em arquitetura próxima ao estilo mouro-medieval, em uma
área de 51 mil metros quadrados; o castelo foi construído sobre um
lajeiro, ou rochedo, tendo sua estrutura composta de pátios, terraços,
peitoris, balcões, guaritas, torres, pontes, escadas, batentes, poços,
tanques, fortificações, ameias, salas, dormitórios, capela, dependências
de serviços domésticos, vigias, muralhas e portões.
Sua decoração é composta por quadros de representação clássica com
emblemas, estandartes, espadas, lanças, carrancas, correntões, peças
bíblicas e religiosas, objetos de boiadeiros e vestígios da vida
bucólica.
O mobiliário foi adquirido nas fazendas, propriedades e sítios da
região. As peças chegaram ali por meio de compra, troca ou oferta. Seu
acervo é composto de velhas arcas, velhos armários, baús, bancos,
oratórios, pilões, rústicas camas, cadeiras, tripeças e largadas peças
de engenho, de casas de farinha e de vapores de algodão.
O castelo já sediou o Mosteiro das Clarissas e o Corpo de Bombeiros
de Caicó temporariamente. Atualmente o mesmo foi vendido ao governo do
estado, onde é gerenciado pela Fundação José Augusto, que pretende
transformá-lo em casa de cultura ou uma espécie de museu.
[3]
Adquirido
durante a gestão da ex-governadora Wilma de Faria, o Castelo de Engady,
localizado em Caicó, está "em ruínas". A definição é do próprio
responsável por erguê-lo, o monsenhor Antenor de Araújo, que por 35 anos
foi o proprietário do curioso imóvel. Segundo relatos, o Castelo está
deteriorado, com problemas estruturais, portas quebradas e o interior
destruído. Desde o final de 2006, quando o Governo do Estado adquiriu o
castelo por R$ 225 mil, não houve uma destinação definida para o bem
público. Atualmente, o Governo do Estado pretende ceder o imóvel para a
Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Fonte: Tribuna do Norte.